No ano passado, o setor de saúde de cães e gatos foi impactado significativamente pela recessão econômica sofrida por vários mercados. Segundo dados da Comac (Comissão de Animais de Companhia) do Sindan, em uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 18%, entre 2011 e 2015, passou para um crescimento de 6% entre janeiro e setembro de 2016. Esta é uma das razões pelas quais mesmo com o aumento das oportunidades e de produtos para o bem estar animal, os proprietários de negócios veterinários ainda podem sofrer as consequências dessa freada econômica em 2017.
Mesmo com o baixo faturamento, o mercado de saúde animal tem um histórico de crescimento em número de oportunidades, empregabilidade e também em novos segmentos. Isso se deve ao fato de que a relação entre o homem e os pets vem se intensificando a cada ano, na medida em que muitas pessoas preferem animais de companhia a filhos. Em recente estudo da Nielsen sobre pet food, uma das principais conclusões foi exatamente essa: entre os mais de 48 milhões de lares brasileiros, 46% já contam com a presença de cães e 18% de gatos, e esses pets são considerados os novos filhos, uma vez que quase 70% dos lares com pets não têm crianças.
Para exemplificar, o mercado americano passou uma grande recessão econômica entre 2009 e 2011, e isso não afetou de maneira drástica o faturamento das clínicas veterinárias. Inclusive, algumas clínicas, mesmo localizadas em regiões que sofreram de forma significativa mantiveram um crescimento linear e até apresentaram 68% de aumento no número de atendimentos.
O Dr. André Prazeres, líder da Comac (Comissão de animais de Companhia) do SINDAN e gerente nacional de Vendas da König Brasil afirma: “Quando você consegue manter o seu negócio alinhado com os avanços do mercado, isso traz mais inovação e confiabilidade no serviço oferecido. É importante saber que os diferenciais também atraem públicos”.
Um dos pontos importantes para manter um negócio veterinário em bom andamento, é ficar com o pé no chão e estudar o mercado profundamente. Para isso, o básico também é válido: colocar a prevenção como carro-chefe do atendimento e mostrar a importância do olhar técnico na saúde do animal auxiliam na captação de clientes.
Para inovar, é essencial ouvir o seu cliente, entender o que ele precisa e o que espera do seu serviço e atendimento. Serviços como pet táxi, delivery, programas de fidelização, produtos novos e diferenciados atraem os tutores e também os pets. “É fundamental que o estabelecimento por completo passe uma mensagem aos tutores: cuidar dos animais envolve muitos aspectos inclusive a técnica de cuidado com eles. Então, quanto mais serviços você oferece com qualidade, mais razões o cliente tem ao ir ao seu estabelecimento”, complementa Prazeres.
O mercado pet, em todas as suas instâncias, é cheio de oportunidades e com grandes chances de crescimento. E é por isso que a Comac valoriza o médico-veterinário e incentiva o desenvolvimento do mercado de saúde animal, por meio da divulgação de informações estratégicas para o setor e iniciativas educativas como um todo.
A COMAC (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), criada em 2007, visa estruturar um ambiente de intercâmbio de informações e ideias, propondo e executando ações que estimulem o desenvolvimento do mercado pet brasileiro, em especial nas áreas ligadas à saúde animal. Tem por objetivo tratar dos assuntos ligados ao mercado de animais de companhia (cães e gatos), visto como um dos mais importantes e crescentes segmentos da indústria veterinária brasileira e mundial. Através de pesquisas do segmento, a COMAC deseja informar sobre os benefícios da relação entre os animais de estimação e o homem, a importância do médico veterinário na prevenção de doenças e na manutenção da saúde dos animais, valorizando a medicina veterinária e seus profissionais.