Pesquisadores ficaram impressionados com estado de conservação do animal e esperam o resultado de mais testes para definir se é um cão ou lobo
A questão sobre a ancestralidade do cão ganha mais discussão. Com dentes impressionantemente bem conservados, corpo inteiro, focinho e até bigodes e cílios preservados, um filhote macho de menos de dois meses, que morreu há 18 mil anos, intriga cientistas. O caso ganhou notoriedade no final de novembro), no portal The Siberian Times, depois que fotos do animal sem a sujeira do corpo foram divulgadas. Elas foram tiradas por Sergey Fedorov, pesquisador engenheiro da Universidade Federal do Nordeste de Yakutsk, na Rússia.
Dogor foi encontrado no verão de 2018, em um pedaço de terra congelada próximo ao Rio Indigirka, a nordeste de Yakutsk. Ainda não se sabe a razão da morte. Pesquisadores afirmam que sua posição não sugere sofrimento.
O Centro Sueco de Paleogenética (CPG) – que estuda o fragmento de um osso do animal na Suécia, enquanto Dogor fica na Rússia, na Universidade Federal do Nordeste de Yakutsk – realizou sequenciamento inicial do genoma do filhote, que recebeu o nome de Dogor, mas o teste não conseguiu definir se o filhote de 18 mil anos era um lobo ou um cachorro.
Professor de genética evolutiva na Suécia, Love Dalén, que trabalha no caso junto ao colega Dave Stanton, disse que os primeiros testes costumam trazer essa informação, em razão de o CPG ter o maior banco de DNA da Europa, com todos os cães do mundo, mas, nesse caso, eles não conseguiram identificar ainda.
Sergey Fedorov, do Instituto de Ecologia Aplicada do Norte, parte da Universidade Federal do Nordeste de Yakutsk, que tirou as novas fotos do animal, diz que o caso é intrigante.
Enquanto mais testes são feitos, fica a pergunta: seria Dogor um animal parte lobo, parte cachorro, do tempo em que um foi se transformando no outro?