Todos os episódios da II Guerra Mundial foram de um horror inominável. Todos são conhecidos e um desses massacres monstruosos está se repetindo na Venezuela. Eu me pergunto: porque o mundo está fechando os olhos a essa barbárie? O blog, por ser uma mídia específica, aborda aqui a questão dos animais, também vítimas desse monstro ditador.
Vamos ao passado aterrador: a 8 de setembro de 1941 a cidade de Leningrado, hoje São Petersburgo, na antiga União Soviética, hoje Rússia, já estava completamente cercada. Leningrado passou a ser bombardeada dia e noite, por artilharia e aviões. O alto comando alemão decidiu que a cidade seria vencida pela fome e cortou todos os acessos por terra. Os soviéticos fizeram poucas tentativas de romper o cerco por dentro, tendo que aguentar intensos bombardeios diários.
O cerco a Leningrado durou cerca de 872 dias e custou a vida de 1,5 milhões de pessoas (a maioria civis).
Voltemos ao momento atual na Venezuela:
Os venezuelanos estão enfrentando a escassez de água e comida, além de saques diários e violência, e, infelizmente, os animais também não escapam e enfrentam a sua própria crise. Os seus donos lutam para sobreviver e a primeira consequência é o abandono dos animais domésticos. Muitos do que deixam o país deixam cães e gatos abandonados à sua sorte.
Alguns abrigos foram fundados para ajudar a combater este flagelo na Venezuela. Voluntários ajudam a recolher os cães abandonados, alguns levam os cães para sua própria casa a fim de minimizar o sofrimento dos pets.
A crise atingiu-os duramente, as pessoas abandonam os seus cães porque não têm dinheiro para comprar comida nem para si, quanto mais para seu animal de estimação, desta forma tentam deixar o país e não podem fazê-lo levando seu cão.
O custo para alimentar um cão é agora um luxo, proibitivo para as bolsas dos que ficam: um pacote de 20 quilos de ração custa, em média, o equivalente a 50 dólares (160 reais), quase duas vezes o salário mínimo mensal, segundo a Reuters, a maior agência internacional de notícias do mundo.
Vê-se também em intervalos de poucas horas, que carros encostam e as pessoas vão entregando os seus cães, alguns com pedigree. Do outro lado, voluntários chegam diariamente para doar e distribuir comida para os animais.
Num dos principais zoológicos do país, os animais estão morrendo de fome. Muitos passam dias sem comer, enquanto leões e tigres são alimentados com mangas e abóboras para compensar a falta de carne.
É uma grande tristeza!