O “Coringa” é ativista da causa animal e vegano

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O ator Joaquin Phoenix, o Coringa que está em cartaz nos cinemas, provavelmente será indicado ao Oscar e as apostas já começam a dar a ele o prêmio. Ele já foi indicado outras três vezes, e também muito conhecido como o narrador de um dos documentários mais controversos sobre a exploração animal – Earthlings (Terráqueos), tinha três anos quando se tornou vegano. Em entrevista publicada pela Cover Media em 28 de novembro de 2013, o ator contou que ele e sua família saíram para pescar quando ouviram um peixe se contorcendo e se chocando contra o barco.
“Isso era o que fazíamos para comê-los. Os animais passavam de uma criatura viva e vibrante, lutando pela vida, para uma morte violenta. Reconheci isso, assim como meus irmãos”, relatou em entrevista publicada pela Animal Liberation Front em 14 de novembro de 2006.

“De onde veio a carne”
Naquele dia, Joaquin e seus irmãos disseram aos seus pais que nunca mais comeriam carne novamente, e foi o que fizeram. “Por que você não disse de onde veio a carne?”, questionou sua mãe à época. Sem saber o que dizer, ela começou a chorar. Com o passar do tempo, ele percebeu que muita gente achava que veganos eram pessoas que praticavam rituais bizarros e que tinham que seguir algumas regras e estilo de se vestir – como se fossem parte de uma seita.
Apesar da incompreensão das pessoas no passado, os direitos animais se tornaram parte de sua vida cotidiana, porque, segundo ele, quando você vive pelo exemplo, naturalmente se cria um certo nível de consciência. Prova disso é que até mesmo amigos com quem ele nunca discutiu sobre vegetarianismo acabaram por adotar uma dieta livre da exploração animal.
“Meu estilo de vida é parte de quem sou e, portanto, algo a se considerar em meu trabalho. Sempre discuto isso com os produtores, e eles são muito complacentes. Há tantas opções livres de crueldade. As pessoas seriam tolas de não aproveitar isso. Também é fácil trabalhar com computadores e animatronics em vez de animais, e isso faz a diferença também. A tecnologia nos permitiu recriar animais – como os tigres em ‘Gladiador’ [filme em que ele interpreta o vilão Cômodo]”, relatou à ALF.

Tofu e Tabule
Joaquin Phoenix se recordou que na metade da década de 1990 era estranho ser praticamente o único ator a contestar o uso de peles e a pedir alimentos veganos. “Hoje é diferente. Em todos os lugares onde vou, encontro bons pratos vegetarianos”, comemorou. Entre os seus alimentos preferidos estão tofu e tabule. Ele nunca se interessou em consumir imitações de carne. Também disse que durante muito tempo usou apenas tênis Converse All-Star Canvas porque era difícil encontrar calçados veganos. “Agora parece que a maioria dos sapatos são sintéticos”, comentou à Animal Liberation Front.
Em outra entrevista, publicada em 13 de novembro de 2014 na Playboy, Phoenix informou que não é preciso mais pedir comida vegetariana nos sets de filmagem, porque isso já se tornou comum em praticamente todos os grandes estúdios. “Posso fazer um sanduíche, uma salada e macarrão, mas não sou um bom cozinheiro”, admitiu.

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Be Vegan
Em 2016, ele foi um dos grandes apoiadores da campanha Be Fair, Be Vegan (Seja Justo, Seja Vegano) e, explicou que a iniciativa teve como objetivo a conscientização sobre nossas atitudes especistas em relação aos animais, estimulando as pessoas a verem que nossas semelhanças com os animais não humanos são muito mais profundas do que julgamos. “Agora, mais do que nunca, o mundo precisa dessa mensagem”, enfatizou em declaração publicada em diversos veículos de comunicação dos Estados Unidos.
Entre as muitas campanhas que tiveram a participação voluntária do ator hollywoodiano, uma das mais recentes e que teve boa repercussão é “Joaquin Phoenix is drowning”, da organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA). No vídeo, ele aparece sob a água, e o espectador pode perceber o pânico e o terror em seus olhos – o que representa a forma como os peixes se sentem antes de morrer. Além disso, a intenção é alertar sobre a morte de mais de um trilhão de peixes por ano, consequência da pesca indiscriminada, que além de gerar sofrimento aos animais, tem causado impactos ambientais.

Skin Horrors
“Os animais exóticos são em sua maioria desconhecidos por nós, assim como o seu sofrimento antes de serem transformados em cintos e bolsas. Todos os anos, milhões de répteis são abatidos para que bolsas, cintos e calçados sejam feitos de suas peles. O bem-estar dos animais não é uma preocupação para aqueles que caçam e comercializam suas peles”, criticou na campanha “Skin Horrors”, da PETA, lançada em 2013. No curta, ele pede que as celebridades parem de usar peles de animais, principalmente de jacarés, lagartos e cobras.

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