De acordo com estudo, 33% dos cães e 59% dos gatos que moram nos lares brasileiros foram adotados, o que se deve à mudança de comportamento da população
O Instituto H2R, a pedido da Comissão de Animais de Companhia (Comac), realizou uma pesquisa em todo o Brasil com o objetivo de identificar a presença de cães e gatos nas casas e analisar o comportamento de seus tutores. Os resultados revelam o perfil daqueles que têm um animal de estimação.
A primeira etapa focou em dados quantitativos e envolveu 2.002 pessoas de todas as regiões do Brasil. Nessa parte, o estudo mostrou que mais da metade dos domicílios (53%) possui cães e/ou gatos. Desses lares, 44% dos entrevistados escolheram os cachorros como companheiros e 21% optaram pelos gatos.
Adoção como tendência
A segunda fase da pesquisa, que entrevistou 1.509 pessoas, teve como eixo a análise comportamental dos participantes. Nela, o dado mais expressivo foi o da adoção de pets, mostrando que ela é uma tendência entre os brasileiros. Dos 33% que adotaram um cão, 17% encontraram o bichinho abandonado, 9% participaram de feiras de adoção, 5% adotaram de conhecidos e 2% tiveram contato com ONGs. E dos 59% que adotaram um gato, 44% resgataram um felino abandonado, 9% participaram de feiras de adoção, 3% adotaram de conhecidos e outros 3% escolheram seus amigos em ONGs.
Para Leonardo Brandão, coordenador da Comac, isso ocorre por causa de uma mudança de comportamento da população. “O relacionamento das pessoas com os animais vem se intensificando ao longo do tempo. As pessoas estão tratando pets como membros da família”. “Isso ajuda a abrir os olhos dos indivíduos para esses canais de adoção”.
Quem são os donos de pet
Por meio de agrupamento, o estudo também definiu três perfis distintos daqueles que têm um animal de estimação com base em aspectos emocionais. O primeiro deles é o “pet lover”, que representa 55% dos donos de animais. Neste grupo, há a predominância de mulheres (69%) e famílias com filhos (67%). São os indivíduos que se identificam como pais e mães de pet.
Já o segundo grupo é o de “amigo dos pets” (21%), em que há maior número de mulheres (57%), pessoas casadas (67%) e indivíduos com filhos pequenos (26%). Por fim, há o grupo chamado “desapegado” (24%) — segmento com maior proporção de homens (56%) em que os tutores são pragmáticos e levam seus animais ao veterinário apenas em emergências.