O que não é mais exagero!


Escrevo esse texto na primeira pessoa porque estou dando, pode-se dizer, um testemunho de um fato, ou talvez um contexto, vivenciado por mim, especialmente durante os últimos anos, quando já maduro e com espaço próprio para viver essa história, adotei um cão. Um pet! Já fazia muito tempo que não convivia, por razões várias, com animais domésticos. Quando criança e adolescente tive vários gatos e cachorros em casa. Outros tempos e, claro, outras formas de os criarem. Respeitando-os mas ainda guardando uma certa distância. Cachorro e gato era “lá fora”. Mas o “lá fora” acabou por fatos circunstanciais e acabei indo morar em apartamento, sem espaço para pet, que até então não eram categorizados com esse substantivo. Bichos. Bem tratados, alimentados, com vacina contra raiva e um lugar pra dormir. Mas bichos. Os tempos mudaram e, na reflexão em questão, para melhor para eles, os bichos, que até ganharam novo e mais charmoso nome para sua categoria: PET.
Vale lembrar que não se imaginava até àquela época, à qual estou me referindo, em animais domésticos vivendo em apartamento. Era raro. Raríssimo.
Temos visto o esforço voluntário de civis no resgate de animais na tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul. Há anos o trabalho de salvar animais de tragédias dessa natureza (da natureza ou não) existe, mas nunca antes com destaque como o que temos felizmente assistido agora. Tenho acompanhado as notícias dos resgates e confesso que tenho o ímpeto de não ver para não sofrer esse tipo de emoção (covardia mesmo). Mas vejo, tentando me blindar de sentimentos angustiantes. Mas tenho notado o tempo todo que os animais domésticos, agora pets, (no caso do RS até os de utilidade, como o cavalo Caramelo, por exemplo) estão ganhando destaque que antes não tinham, embora, lógico, sempre tenham merecido. “Todas as vidas importam”. Os pets estão ganhando campanhas. Maravilha!!! Isso é lógico, mas não era o comportamento comum até há bem pouco tempo. Sé há tanto descrédito na humanidade, essa é uma vitória nessa difícil caminhada evolutiva do homem.
Recebo conteúdos diversos de empresas e profissionais que querem divulgar produtos e trabalhos no blog (esse aqui mesmo, que eu tenho orgulho de falar que criei) e hoje, recebi um conteúdo que mostra como os produtos de alimentação para pets, as rações, ganharam destaque nos supermercados. Claro, um grande nicho da economia. Mas subjetivamente, ou claramente, na verdade, mostrando a importância dos “bichos” e o lugar de destaque que ganharam nas famílias. No caso desse conteúdo, mostrando que hoje existem corredores de ração para pets em supermercados. Antes não se via isso. Em outras mídias também tenho visto o comentário que sim, eles são parte da família. E mais, não se tem mais vergonha de dizer que “tenho um pet pra chamar de meu…filho”. Não é mais exagero. Nunca foi, né? Mas as regras de conduta mudaram e, que bom que tenham mudado assim em relação aos bichos.
Me senti livre e “perdoado” por ter considerado o meu pet (que já não está mais aqui) meu filho!
Sim, não há nada de errado em considerar seu pet como seu filho.


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